quinta-feira, 19 de março de 2009

Camille Miceli, por atrás da Louis Vuitton

Ela tem em seu currículo grandes nomes da moda como Azzedine Alaïa e Chanel. Camille Miceli é a in-house jewelry designer da Louis Vuitton, que convocada para o posto com intuíto de trazer uma visão mais jovem e creativa para as bijoux marca, através de seu talento em transformar simples matérias-primas em acessórios de luxo e objetos de desejos com muita cor.

Sua passagem pela Chanel lhe rendeu muitos frutos e experiência, inicialmente trabalhando com casting e produção dos megas defiles da marca, diz aprendeu muito com Karl Lagerfeld. Ela aterrisou na maison Vuitton em 1997 e períodos seguintes a marca passava por grandes mudanças em busca de um novo conceito, neste meio tempo trabalhava com prêt-à-porter. Após algumas mudanças em sua vida pessoal, como a maternidade, Camille sentiu intensamente a necessidade de criar, foi quando pediu a Marc Jacobs que desse a ela a tarefa de criar a primeira linha de jóias, Jacobs logo concordou.
Camille Miceli busca inspiração em seu próprio ambiente, colecionadora e amante de fotografia e arte contemporânea, cita como seus favoritos: os cliques de Pierre Bourdieu, Nobuyoshi Araki, dramático fotógrafo japonês, Manga, famosos cartoons que viraram verdadeira febre da indústria cartunista japonesa, Paul Virilo, artista francês e Valérie Belin, conhecida por suas fotos de manequins, que mesmo sendo bonecas de plástico, conseguem transmitir vida pelo olhar.

Camille tem especial respeito pelas jóias dos anos 30, que marca o fim do périodo Art Deco, com características fortes como: muito contraste pelo uso do diamantes (claro) e ónix (escuro), figuras geométricas, representado por linhas retas, círculos e triângulos (comum em muitas peças de Jack Vartanian) e pelo uso de gemas (jade) esculpidas. A artista promete que tem muito mais para mostrar, então é só esperar!

Foto (créditos): Vogue Paris

quarta-feira, 18 de março de 2009

As inspirações de Júlia Monteiro de Carvalho

Ela é carioca, trabalhou como assistente de estilo da Andrea Marques, já desenvolveu uma linha de bijoux em prata e agora decola no mundo das gemas e metais preciosos. - "Sempre adorei desenhar acessórios, mas jóias viraram minha paixão! Não conseguia parar de ficar desenhando e sonhando com novas peças" - palavras de Júlia Monteiro de Carvalho, que acaba de lançar uma colecão de jóias, sonho de qualquer menina!

A joalheria sempre foi uma paixão para a designer, ela começou fazendo peças em prata que logo fizeram sucesso com as amigas. Como sonho de toda joalheira que realmente acredita em seu potencial, Júlia deixou a prata de lado e logo migrou para peças feitas em ouro. Seu envolvimento com o meio da moda sempre a trouxe inspirações e a ajudou a encontrar seu próprio estilo. Seu trabalho é baseado em muita pesquisa sobre as tendências, pedras preciosas, os tipos de metais e técnicas a serem usadas. Como todo grande artista, está sempre atenada a tudo que acontece ao seu redor, pois algo mínimo pode virar uma grande idéia.

Júlia define o conceito de seu trabalho como "fashion jewelry", um mistura do clássico com o moderno, sempre com um toque do que se vê nas passarelas da moda. Seu gosto varia das comportadas pérolas, poderosos diamantes até um toque gótico e rock´n roll.

Seu espírito inovador foi traduzido em sua coleção que traz mais de 18 mimos, com preços que variam de R$220,00 até R$3.600,00. Tem sapatinho de salto alto feito em ouro negro e cravejado com diamantes negros, um par de brincos em forma de beijo em ouro amarelo e safiras, pulseira de estrela, pingente de caveira com brilhantes e anéis de coração. A designer usa muito ouro negro, amarelo, branco e rosa, este último pode escrever, virará um must-have logo mais! As peças-chave da coleção são um par de brincos em ouro amarelo com estrela de brilhantes e um colar com pingente de caveira todinho cravejado com diamantes negros, mas a imaginação de Júlia não pára por aí, a designer promete que tem muito muito mais por vir!

Daqui a poucos meses ela inaugurará seu atelier no Leblon. Para encomendas, seu contato é: juliasmc@gmail.com.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dos pretinhos básicos às bolsas em matelassê, CHANEL também marca presença na joalheria

Sempre que Coco Chanel ia trabalhar, ela estava usando pérolas e dizia que era uma maneira de honrar seus empregados. Pérolas obviamente, sempre fizeram parte do DNA da marca e a designer criou várias maneiras de usá-las, dos longos colares de inúmeras voltas a até enrolados em forma de pulseira. As pérolas fazem parte da imagem da Chanel como os pretinhos básicos, sapatos bicolores, bolsas em matelassê, pulseiras com cruz de Malta, cintos de correntes, camelias e botões dourados.

A primeira vez que Chanel apresentou pérolas em uma linha de bijoux, foi no ano de 1924, quando a maison mostrou um par de brincos feitos com pérolas brancas e negras, a peça levava o nome de Zuleika Dobson, heroína da sátira de Max Beerbohm de 1911. Como foi um sucesso imediato, logo a marca lançou uma linha de colares com pérolas barrocas, aquelas que naturalmente têm formato irregular.

Em 1932 membros do International Guild of Diamonds Merchants (associação de comerciantes de diamantes da época), os quais tiveram sérios prejuízos em seus negócios com a Grande Depressão, pediram a Coco Chanel para fazer uma coleção de fine jewelry, com o intuíto de melhorar as vendas das gemas preciosas. Chanel logo concordou e passou a importante tarefa a Paul Iribe, designer, artista, fashion illustrator e amigo pessoal de Coco Chanel.

Coco Chanel (1932) - "O que me fez pensar em fazer jóias falsas em primeiro lugar, foi que, eu achei que bijouterias estariam livres da arrogância em um momento em que o luxo era acessível. Isso não faz mais sentido em um período de crise econômica {referia-se à Grande Depressão}. Se agora escolhi diamantes, foi pelo seu significado, eles representam o mais alto valor no menor volume possível".

No mesmo ano aconteceu o debut da coleção de nome "Bijoux de Diamond" no número 29 da famosa Rue du Faubourg-St.-Honoré em Paris. As peças traziam muitos diamantes e eram todas feitas em platina e o pièce de résistance da coleção foi lindo um colar em forma de cometa com uma estrela irregular, cravejado com mais de 600 diamantes. O peça não tinha fecho, era simplismente colocada ao redor do pescoço, como um abraço. O Collier de Comète (na foto ao lado) como era chamado, levou nove meses para ficar pronto e sua manufatura foi um desafio para os artesãos, a peça demandava muita habilidade com platina devido ao formato em arco do colar, realmente uma inovação para a joalheria da época, algo já de se esperar vindo da visinária Mademoiselle Chanel. Mais de 70 anos depois e o Collier de Comète continua sendo o signature piece da marca.

A partir de então, a Chanel Fine Jewelry apresenta coleções regularmente desde 1993, ano que que abriu sua primeira loja na famosa Place Vendôme em Paris. A maison lança duas coleções de jóias anualmente: primavera-verão, sendo a mais informal, com peças ready-to-wear e outra de inverno trazendo jóias mais caras e poderosas. Sempre há também uma coleção artística que normalmente é exposta nas boutiques mais importantes da marca ao redor do mundo, como a coleção "Rêves de Diamants", que comemorava os 70 anos da marca, exibindo o magnífico Collier de Comète desta vez com 3.590 diamantes e pinjentes removíveis em forma de sol, lua e estrela, a peça custava uma bagatela de $1.1
 milhões de dólares.

A contribuição de Gabrielle "Coco" Chanel ultrapassou a fronteira do território da moda e trouxe importantes inovações para o mundo da joalheria. Desde o conceito de misturar gemas preciosas com cascatas de imitações de pérolas até belíssimas e dramáticas coleções ao longo dos anos.

Foto à direita: Bracelet Franges, pulseira inspirada nos raios de sol.

terça-feira, 10 de março de 2009

Chocolate diamonds?

Pelos menos umas três pessoas já me perguntaram o que são os "chocolate diamonds" que tanto se tem se ouvido falar ultimamente. Quem costuma ler a revista Harper's Bazaar deve ter se deparado com várias propagandas da joalheria Le Vian, mostrando suas peças cravejadas com "chocolate diamonds".

Diamantes chocolate, cognac ou champagne como preferirem, são nomes fantasias usados para os diamantes marrons. Antigamente eles tinham uso somente industrial, mas desde 1980 passaram a ganhar espaço na joalheria, quando começaram a aparecer em abudância na Austrália. Sua cor é causada pela presença em excesso do elemento químico nitrogênio e por veios ou fibras de coloração marrom existentes na estrutura atômica do diamante. 

Os diamantes marrons valem apenas 50% do valor por quilate de um diamante incolor. Essa é uma das razões pela qual muitas marcas têm investido muito no marketing destas gemas, assim se consegue uma jóia com diamantes, mas por um preço bem mais acessível.