terça-feira, 26 de agosto de 2008

Julianne Moore e Chopard - Cannes 08


A nova-iorquina Julianne Moore passou por São Paulo para a pré-estreia de "Ensaio Sobre a Cegueira" ou "Blindness" de Fernando Meirelles.

Lembrei-me dela no Festival de Cannes deste ano, abordo de um belo Christian Lacroix, tendo como seu principal ascessório, jóias Chopard. Julianne usava um par de brincos de pavè de diamantes incolor (ou branco, como preferirem) e amarelos super delicados, mas ao mesmo tempo tinha um anel de diamante amarelo de "apenas" 36ct.! Infelizmente não dá para ver direito na foto...

Curiosidade:
O diamante amarelo, também conhecido como "canary diamond" possui quase as mesmas propriedades físicas que um diamante icolor. A cor amarela é causada pela presença em excesso do elemento químico nitrogênio (N). Um diamante de cor "D", a mais pura, nao possui nenhum traço de nitrogênio, por isso é totalmente incolor e muito raro e valioso.
xoxo

Caveira de Damien Hirst em Amsterdam

Queria dividir com vocês um pouquinho do ultimo trabalho do artista inglês Damien Hirst. O nome da peça é "For the Love of God" e está exposta no Rijksmuseum de Amsterdam. O tema do trabalho é a aversão à morte da arte, muito comum nas pinturas holandesas do século 17.
O trabalho consiste em uma caveira de tamanho real com dentes verdadeiros, feita toda em platina, cravejada com 8,601 diamantes, somando um total de 1,106.18ct. Só o diamante da testa custou $4.2 milhões de dólares.

O trabalho foi vendido para um grupo de investimentos de nome não divulgado, pela bagatela de $100 milhões de dólares. O custo do trabalho, que o próprio artista financiou foi de entre $10 e $15 milhões. Isso é que é retorno!

Curiosidade:
Damien Hirst nasceu em 1965 na Inglaterra e pertence ao proeminente grupo dos "Young British Artists" ou YBAs. Outro trabalho seu de grande relevância foi "The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living", no qual um tubarão morto é preservado em formol em um aquário.
xoxo

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

As Jóias do Hip Hop - Lançamento do Blog

No dia 01.10.08, a famosa casa de leilão Phillips de Pury & Company com matriz localizada no Meatpacking District de Manhattan, irá promover o primeiro leilão de jóias do hip hop do mundo. Parte do lucro será revertido em benefício da Rush Community Affairs de Russell Simmons, um dos pioneiros da cultura hip hop.

As responsáveis pela inusitada idéia são: Alia Varsano, head mundial de Joalheria Contemporânea da Phillips de Pury & Company junto com a colaboração de Minya Oh, autora do livro Bling Bling: Hip Hop’s Crown Jewels, que consiste em 198 páginas divididas entre várias entrevistas com os ar
tistas e inúmeras fotos.

Será primeira vez em toda história que haverá um leilão de jóias do hip hop. Um mercado ate então dominado pelas peças dos períodos do Império Bizantino, Renascimento, Barroco, Belle Epoque, Art Deco entre outros. Tendo sempre as renomadas casas de leilão como Christie’s, Sotheby's e Bonhams & Butterfields à frente das jóias mais importantes e exclusivas.

Serão leiloadas aproximadamente 50 peças pertencentes a grandes nomes do hip hop como: 50 Cent, Biz Markie, Jay-Z, Kanye West, LL Cool J, Mary J Blige, P. Diddy, Tupac Shakur. 

Por que o “bling bling” é tão importante para o hip hop?

Para mostrar o sucesso alcançado! Através de suas correntes, medalhões, anéis cravejados de brilhantes com iniciais de seus nomes, dentes de ouro ou platina, diamantes, ou “ice” como se referem, de mais de 20ct. (quilates), relógios 
Rolex e solitários de 5ct. em cada orelha, mostram que possuem dinheiro, fama, fazem questão de impressionar todos a sua volta. “Temos que ser realmente flashy para mostrar o que alcançamos”, palavras do rapper Ludacris.

A cultura hip hop nasceu no bairro do Bronx em Nova York nos anos 70, tendo o jamaicano DJ Kool Herc como seu “fundador” e afro-americanos e latinos como principais simpatizantes.

No início dos anos 80 os integrantes do grupo de rap Run-D.M.C. (“Run”, “D.M.C.” e “Jam Master Jay”) começaram a usar correntes finas de ouro amarelo adquiridas na Canal Street de Manhattan. Após um pouco de sucesso, passaram a usá-las maciças, bem grossas e compridas. Logo tornaram-se um objeto de desejo para todos aqueles que admiravam e até aspiravam um espaço no mundo do hip hop

Em meados dos anos 90, Raekwon the Chef e Wu-Tang passaram
a usar um outro estilo de correntes, chamadas cuban e figaro, nas quais as argolas são diferentes em formato e posição das usadas pelo Run-D.M.C. A partir daí, mais moda foi lançada. Eles sempre optavam pelas mais caras e pesadas, nem as da Gucci despertavam desejo, porque eram ocas! 

Quem não tinha dinheiro para pagar $10,000.00 dólares em uma corrente de ouro 14K (58.5% ouro) muito comum nos Estados Unidos ou 18K (75% ouro), podia optar pelo mesmo modelo com uma quilatagem muito mais baixa como 10K (41.7% ouro) ou até 7K, quando outros elementos químicos mais leves e baratos como, zinco, prata e cobre são misturados na liga do ouro. No final era o mesmo acessório da moda, mas por um preço muito mais baixo. 

Em seguida o mogul Damon Dash trouxe a platina, um elemento químico que é usado na joalheria em uma forma mais pura que ouro, ou seja adição de tantos outros elementos na liga, mais raro, pesado, pouco maleável e muito mais resistente, com isso as peças de platina são muito mais caras e duráveis.

Logo chegou a moda do “tooth grill”, aquelas placas móveis que mais parecem com aparelhos dentários, totalmente cravejadas de brilhantes em ouro ou platina. Na minha opinião, nada legais, mas fazem parte da história do hip hop jewelry, então não pude deixar de fora.

Quem foi o responsável pelo verdadeiro bling bling do hip hop foi russo “Jacob the Jeweler”, ou melhor, Jacob Arabo. Ele é conhecido por colocar diamantes em qualquer objeto, em fivelas de cinto, celulares, Gillette’s, tênis Reebok, Gameboys, enfim a lista é longa. Seu primeiro cliente foi o famoso MC, o Notorious B.I.G (aka Biggie Smalls) que morreu em 1997 assassinado pela gangue rival. Logo em seguida vieram Biz Markie, LL Cool J, jogadores da NBA e muitos outros artistas. Jacob trocou as longas correntes e os gigantes medalhões de ouro amarelo por peças em ouro branco ou platina cravejados de brilhantes e por enormes diamantes pink, amarelo e ate verde. Ele literalmente “iced-out” o hip hop!

Segundo Jacob Arabo os campeões são P. Diddy (aka Puff Daddy) que comprou um diamante de 28ct. por $3 milhões de dólares e Pharrel Williams que comprou um par de solitários de 20ct. cada. Bem ele que conhecido por usar tudo do melhor, imagine o preço que pagou por suas “teteias”.

Pois é, todo o bling bling que vemos nos astros do hip hop hoje em dia não é zirconia, nenhum tipo de diamante sintético ou muito menos prataria! Eles amam as jóias, entendem do assunto, faz parte da sua imagem e principalmente do “show-off” do seu sucesso!

Imagens:
Figura 1: anel de turntable de Missy Elliot.
Figura 2: Pinjente de headphones do rapper Biz Markie. 
(Fonte: livro - Bling Bling: Hip Hop's Crown Jewels)